Caos em Suzuka e bicampeonato de Verstappen

Caos em Suzuka e bicampeonato de Verstappen

Debaixo de chuva e caos em Suzuka, no Japão, Verstappen venceu mais uma corrida em 2022. Entretanto, não foi apenas isso, diante do caos todo meteorológico, o piloto da Red Bull se tornou bicampeão da Fórmula 1. Pérez e Leclerc completaram o pódio.

Não acontecia o Grande Prêmio em Suzuka, no Japão desde 2019 por causa da pandemia da Covid-19. Diante do caos, parecia que Max Verstappen não sairia bicampeão da Fórmula 1 na casa da Honda. Entretanto, um erro de Leclerc garantiu o título para o holandês. Um outro piloto que podeficar feliz é Latifi que conseguiu seus dois primeiros pontos na temporada.

Largada, briga entre Verstappen e Leclerc, caos e safety car 

Leclerc tinha que ir para o tudo ou nada, então na largada o monegasco atacou Verstappen. O holandês conseguiu segurar a posição que ficou bem acirrada na primeira curva. Pérez também largou bem e ultrapassou Sainz indo para terceiro.

Vettel rodou e de nono caiu para décimo sexto. Mas o motivo disso tudo foi a chuva que estava no Japão e deixou a pista molhada. Além disso, o spray em alta quantidade provocava a baixa visão dos pilotos. Albon foi outro que teve problemas devido a falha em seu motor. Gasly, que trocou sua unidade de motor, saiu do pit lane, entretanto, quando apareceu na pista estava com uma placa de publicidade no bico de sua AplaTauri.

Com a parada de Carlos Sainz, o safety car foi acionado. Bandeira vermelha em Suzuka. Quem conseguiu se dar bem nessas condições, foi Lance Stroll que largou em décimo oitavo e pulou para décimo primeiro.

Erros da FIA 

Em meio a esse caos na pista. Uma coisa que poderia ter sido evitada. Pela câmera de Gasly é possível ver que tinha dois tratores na contramão o que poderia causar um grave acidente. Vale lembrar que em 2014 uma situação parecida aconteceu com Jules Bianchi que bateu justamente no GP do Japão que bateu com a cabeça. Ele foi levado para o hospital. Mas após nove meses, veio a óbito. Naquela época não existia halo, mas a direção de provas poderia ter evitado.

Por esse motivo que Pierre em seu rádio fica furioso: 

“O que é isso? O que é esse trator na pista? Eu passei do lado dele. Isso é inaceitável. Lembrem-se do que aconteceu. Não consigo acreditar nisso.” O francês era amigo pessoal de Bianchi. Ricciardo e Hamilton também passaram pelos tratores. Se preocupando mais com o piercing dos pilotos, a FIA respondeu sobre a situação apenas que Gasly estava rápido demais depois de terem dado a bandeira vermelha. Como se algum piloto conseguisse enxergar algo na pista.

Todavia, isso também aconteceu neste ano, um trator na pista quase provocou uma batida em Daniel Ricciardo no GP de Monza.

Comunicado da federação foi parecida em 2014

Com o acidente de Jules, a FIA promoveu um relatório de 396 páginas e chegou a conclusão que Bianchi não tinha reduzido a velocidade suficiente para que fosse evitada a perda do controle de seu carro.

Em razão disso, a família do piloto entrou com uma ação legal contra a FIA, FOM e a Marussia com o objetivo de não colocarem a culpa em Jules que poderia estar vivo e até mesmo ter sido campeão mundial ou brigar pelo título.

Voltando ao caso Gasly, a Federação comunicou que irá investigar se o piloto estava com velocidade maior que a permitida. Todavia, não comentou sobre a irresponsabilidade do trator em uma pista com os pilotos ainda correndo.

O pai de Bianchi, Philippe, se pronunciou sobre o que aconteceu neste domingo dizendo: “falta respeito pela vida dos pilotos, falta respeito pela memória do Jules.” Mostrando que tem total empatia e preocupação com a segurança dos pilotos, a direção da FIA convocou Gasly para explicar o excesso de velocidade após a bandeira vermelha.

Os pilotos começaram a questionar os tratores,Albon e Sainz em suas entrevistas reclamaram. Em sua rede social, Lando Norris comentou sobre a perda de Bianchi e que mesmo querendo corrida, a situação era inaceitável. Pérez foi mais um piloto que demonstrou publicamente seu descontentamento.

Mais erros em Suzuka

O que não poderia piorar, piorou. Uma câmera do carro de Carlos Sainz mostra que um fiscal da prova estava dentro da pista quando passa um carro em alta velocidade. Mais um acidente que quase aconteceu.

Relargada

Faltando 50 minutos para a relargada, a direção de provas da FIA cancelou e não tinha dado até o momento uma previsão de colocar os pilotos na pista novamente. A regressiva foi dada. E pela regra, a corrida terminaria até às cinco da manhã no horário de Brasília, cinco da tarde no Japão.

Com menos de 1h30min, a chuva continuava e se intensificava, colocando em xeque se aconteceria mesmo a relargada. A Federação avisou que às 04h15min, iria recomeçar a corrida. Entretanto, a FIA permitiu a relargada em movimento para que os próprios pilotos pudessem decidir se teria ou não a prova em Suzuka.

O safety car saiu da pista e os pilotos recomeçaram a prova no Japão. As posições se mantiveram mesmo Leclerc e Hamilton tentaram ultrapassar Verstappen e Ocon respectivamente mas em vão.

Troca de pneus mexeu na liderança mas Verstappen retoma

Os pilotos saíram com pneus azuis destinados para chuva extrema, no entanto, perceberam que poderia fazer a troca para intermediários já que a chuva estava dando uma trégua. Latifi e Vettel foram os primeiros a fazerem isso. Em seguida, Verstappen, Leclerc, Hamilton e Russell também.

Por isso, Alonso chegou a ter a liderança em Suzuka, mas também foi para o box. Por segundos, Mick Schumacher era o líder até Verstappen ultrapassá-lo.

Ocon x Hamilton

Esteban Ocon estava na quarta colocação, atrás dele estava Lewis Hamilton que tentou superar o piloto da Alpine. Uma pista curta que dificulta a ultrapassagem e uma Mercedes que falha em reta não auxiliavam o heptacampeão mundial.

Enquanto isso, seu companheiro de equipe, George Russell fez duas belas ultrapassagens em Tsunoda e em Norris. Algumas voltas depois passou Latifi e alcançou a sétima posição. Entretanto, foi passado por Alonso. O espanhol trocou de pneus mais uma vez.

Leclerc x Pérez

Sergio Pérez estava a mais de seis segundos atrás de Charles Leclerc. No entanto, o mexicano conseguiu diminuir a diferença e passou a perseguir o piloto da Ferrari. A briga também valeria a vice-liderança do campeonato de 2022.

Os pneus de Leclerc não estavam bons, mas mesmo assim, ele conseguia segurar Pérez. Porém, na chicane, o monegasco passou reto e voltou à vice-liderança. Mas isso não é permitido. O piloto da Ferrari levou punição de cinco segundos.

Bicampeonato para Max Verstappen

Max Verstappen venceu mais uma prova este ano. Ao todo, o holandês tem trinta e duas vitórias em sua carreira e a décima terceira em 2022. Com a punição de Leclerc, Verstappen se tornou bicampeão da categoria. Algo que já era esperado devido a temporada que tem feito.

Verstappen ainda pode quebrar um recorde neste ano, por já ter 12 vitórias e ainda quatro corridas para se disputar, ele pode ultrapassar o recorde de 13 vitórias em um ano. Mesmo com o GP de Suzuka não ter terminado com as voltas completas, por não ter sido suspenso, garantiu os pontos totais aos pilotos. Alguns especialistas da categoria afirmam que a corrida deveria ter a pontuação pela metade já que não teve 75% de prova concluída. Entretanto, a própria FIA garantiu o bicampeonato de Max, indo contra seu próprio regulamento. Ele iria vencer esse título de qualquer forma, mas isso mostra como a direção segue errando.

Além da direção de imagens não ter registrado para o público da TV Max chegar a linha de chegada. Ele foi avisado sobre o título quando estava sendo entrevistado. Deixando ele e sua equipe surpresos. Agora a Fórmula 1 vai para os estados Unidos, no GP de Austin, nos Texas. A corrida será no dia 23 de outubro, às 16h no horário de Brasília.

Imagem: Divulgação

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Hora do Gol Esportes

Criado, gerenciado e escrito pela jornalista e socióloga Melissa Barbosa, o Hora do Gol Esportes é um portal que fala sobre os esportes do Brasil e do mundo.

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