Kelly Slater: o dono de Pipeline

Kelly Slater: o dono de Pipeline

Kelly Slater é um fenômeno do surf, isso todos sabem. Prestes a completar 50 anos, venceu a etapa de Pipeline, no Havaí. Na temporada anterior da WSL (World Surf League) ficou na 18ª colocação do ranking. Já em 2022 até agora é o líder.

Nas ondas tubulares do arquipélago vulcânico, ele é o dono. Dos 56 títulos já conquistados em Pipeline, foram oito e podem aumentar visto que o surfista mesmo sendo o mais velho da liga, continua surfando em alto nível.

As ondas de Pipeline

São conhecidas pelas ondas enormes e que quebram nas águas rasas em cima de um recife. Os especialistas do esporte dizem que é preciso ter cuidado para não se acidentar. O recife de Pipe possui cavernas e várias torres de lavas subaquáticas.

Essa combinação faz os surfistas terem uma maior atenção em surfar no local, até porque existem casos de mortes após as altas ondas. Um deles, é do fotógrafo Jon Mozo, que morreu há 17 anos quando fotografava em Pipeline.

Elas podem até ser espetaculares e quem as surfa corajoso, no entanto, o cuidado para saber em qual local cair depois das ondas é essencial para não ocorrer problemas graves.

Kelly Slater em Pipeline em 2022

Sabemos que foi apenas a primeira etapa do circuito mundial de surf em 2022, mas Kelly Slater desponta na liderança após a vitória. A sua experiência em Pipe e baterias muito fortes que enfrentou e que venceu foram um dos fatores para sair campeão de lá.

Na bateria contra Barron Mamiya venceu nos segundos finais com direito a uma onda tubular espetacular. Os jurados deram uma nota 9.23 que foi suficiente para Kelly Slater virar o duelo. Na semifinal enfrentou o brasileiro Miguel Pupo que vinha fazendo uma ótima etapa, entretanto, o californiano estava inspirado.

Kelly Slater enfrentou na final o havaiano Seth Moniz. O 11 vezes campeão mundial de surf continuou em boa fase e tirando boas notas dos juízes, e 30 anos após vencer pela primeira vez Pipeline, ganha sua oitava etapa por lá.

Como ficará Slater no circuito?

Com essa vitória, o surfista abre vantagem. Porém, nomes como dos brasileiros Ítalo Ferreira, Samuel e Miguel Pupo, João Chianca e claro, o tricampeão Gabriel Medina que em breve voltará a competir, serão alguns dos nomes que Kelly Slater deverá enfrentar se quiser ganhar seu 12º título.

Uma nova regra na WSL foi criada, são 10 etapas no total, entretanto, na metade da competição em Margaret River, em Western, na Austrália, acontecerá um corte de 36 para 24 surfistas. E depois disso, eles irão disputar cinco vagas para as finais em Trestles, na Califórnia. O mesmo palco da decisão ganha por Medina em 2021.

Terá outra etapa na Austrália, a de Gold Coast, mas só após o corte dos atletas. Outro problema para Kelly Slater é a questão da vacina, o atleta não se vacinou contra a Covid-19 e nem pretende fazer isso. O governo australiano já anunciou que sem o imunizante o surfista não poderá competir na etapa de Margaret River.

O conflito vivido pelo tenista Novak Djokovic em janeiro que apoia a não vacinação e foi deportado do país australiano foi comentado por Kelly Slater. O surfista foi a favor do tenista, o que ligou o sinal de alerta do governo e a fala de sua proibição no país.

Dependendo da sua colocação no ranking até lá, poderá ser prejudicial para o maior campeão de surf se classificar para as finais deste ano.

Imagem: Reprodução: Tony Heff/ World Surf League

https://www.worldsurfleague.com/

Hora do Gol Esportes

Criado, gerenciado e escrito pela jornalista e socióloga Melissa Barbosa, o Hora do Gol Esportes é um portal que fala sobre os esportes do Brasil e do mundo.

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