Tandara é suspensa por doping

Na segunda-feira (23) a jogadora de vôlei Tandara Caixeta foi suspensa a pena máxima de quatro anos pelo uso de doping. A substância é a Ostarina que faz parte da classe de anabolizantes, ela imita a testosterona, entretanto com menos reações adversas. 

A Ostarina provoca o aumento de massa muscular e consequentemente, um melhor desempenho em competições. O atleta que faz uso dessas substâncias, tem uma vantagem em relação ao atleta que não faz. O que faz o confronto ser desigual.

Suspensão no Jogos Olímpicos

A situação de Tandara acontece desde agosto nos Jogos Olímpicos de Tóquio do ano passado. O exame que apontou o doping tinha sido realizado um mês antes, no entanto, a notícia só foi divulgada para a seleção feminina na véspera da semifinal contra a Coréia do Sul.

A  Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) avisou ao COB (Comitê Olímpico do Brasil) na madrugada japonesa. Tandara junto com as demais jogadoras estava dormindo na hora e de manhã foi comunicada sobre o resultado do exame. A atleta chorou, mas o COB decidiu cortá-la da delegação para não haver mais problemas.

A seleção feminina de vôlei continuou na competição e conquistou a medalha de prata, no entanto, sem Tandara que foi direto para o aeroporto, retornando ao Brasil. A jogadora foi suspensa provisoriamente até poder provar sua inocência e sair seu julgamento

A defesa de Tandara afirmava que o problema se deu em duas farmácias por uma contaminação cruzada. No entanto, suas provas se mostraram contraditórias perante o júri.

Condenação de Tandara

Tandara teve seu julgamento e os três auditores foram unânimes em sua condenação. A atleta pegou quatro anos de suspensão e só poderá competir em 2025, após as Olimpíadas de Paris em 2024. A jogadora já tem 33 anos.

Ela ainda pode recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, o que seria seu último recurso. Mas Tandara já se pronunciou sobre o seu caso, a atleta deu a sua versão em sua rede social.

“Essa condenação é, particularmente, difícil pra mim porque estou sendo condenada por algo que não fiz”, afirmou Tandara. “Apesar de termos provas mais do que suficientes que mostram que fui contaminada, tive uma condenação injusta, desproporcional e precedida de um estranho vazamento de um processo que deveria ser sigiloso. Vamos recorrer ao Plenário para que a justiça seja, de fato, restabelecida. Respeito, mas não concordo com essa decisão de hoje. Lutarei, como sempre fiz, para provar minha inocência”, complementou.

Caso Tandara consiga reverter sua condenação, ela poderá participar ainda deste ciclo olímpico.

Imagem: Alexandre Schneider/Getty Images

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